Feira Feita               Histórias               Feito em Lisboa

Quando é que decidiram criar a FEIRA FEITA?

Bernardo (B) - Lembro-me da primeira vez em que falámos sobre isso, pelo menos já com nome, foi no mercado de ofícios do Bairro Alto.

Rita (R) - Conhecemos-nos no mercado de empreendedores da Câmara, apesar de não termos participado. Depois o Bernardo foi à FICA, ainda era na LX Factory, em 2017, conhecer a oficina. A FICA tinha aberto há pouco tempo, eu não tinha conhecimento de mercados mais específicos a representar os artesãos e falámos em fazer esse mercado nessa altura.

B - Na altura era director do Fablab Lisboa e do Centro de Inovação da Mouraria e tinham-me dado a missão de apoiar as indústrias culturais e criativas da cidade. Os ofícios e os artífices eram um sector estratégico e o apoio estava dividido em três áreas: experimentação, divulgação e mercados. Havia também a missão de dinamizar o mercado de Santa Clara. Quando nos encontrámos no tal mercado de ofícios do Bairro Alto disse à Rita: "Já tenho nome, FEIRA FEITA”.

Rita, enquadra só a FICA e o teu papel neste contexto, por favor.


R - Estive seis anos fora, não fazia parte da comunidade e aterrei um bocadinho de pára-quedas para abrir uma oficina dentro da minha cidade, a FICA (que primeiro se chamou VOLTA). Foi essa a lógica. Como nós somos um espaço onde se pode fazer, tínhamos acesso à comunidade e sentíamos a falta de um lugar para cozer peças, para imprimir...começámos a perceber uma vontade participativa.