Onde compras as ferramentas?
É triste mas algumas das ferramentas que tenho aqui vieram de ourivesarias que fecharam, algumas muito conhecidas. Até da tal onde a minha avó mandava fazer as coisas. Chamava-se Diadema e ficava na Baixa. Lembro-me de lá ir com a minha avó e ser gigante, quase uma Cartier. É triste ver esses sítios fecharem. Acabei por lhes comprar algumas ferramentas, mas havia máquinas que seria impossível de comprar por serem enormes e pesadas. Muitas vezes peço máquinas emprestadas que, no fundo, é ir aos sítios que as têm e trabalhar a partir de lá, como acontece com a máquina de puxar fio. Há ferramentas específicas que nos ajudam a fazer as coisas mais depressa, por exemplo, mas eu faço-as à mesma, só que mais lentamente. Há muitas coisas que gostava de ter e não tenho mas depois o nosso trabalho também se adapta um bocadinho àquilo que temos, pelo menos é o que sinto.
Consegues definir o teu público?
Cada vez que vem cá alguém novo pergunto sempre como é que chegaram até mim e, a maioria, diz que faz uma pesquisa no google e vai dar a algumas entrevistas, sobretudo uma da Time Out. Achava que as entrevistas poderiam não ter grande impacto mas têm mesmo. Depois as pessoas também vão perguntando umas às outras onde é que mandaram fazer o anel de noivado, por exemplo. Gostam do meu trabalho e recomendam. Ultimamente até me têm chegado muitas pessoas a pedirem anéis de noivado. Só este mês tive cinco pedidos o que, para mim, é imenso.
As pessoas contactam-te e vão directamente à loja?
Sim, geralmente vêm cá. Chegam ou com uma ideia pré-definida ou, então, não têm mesmo qualquer ideia e faço-lhes algumas perguntas para ter algumas linhas orientadoras. Pergunto, por exemplo, há quanto tempo namoram, qual a cor preferida... Se namoram há cinco anos posso fazer um anel com cinco pedras, por exemplo. A maioria vem com a mesma ideia: ou um solitário (um anel com um diamante) ou memórias (uma aliança larga que pode ter de uma até cinco filas de diamantes). Mas eu tento dar-lhes a volta! [ri] Faço dois ou três esboços, dou um orçamento e a pessoa decide se avança ou não.
É triste mas algumas das ferramentas que tenho aqui vieram de ourivesarias que fecharam, algumas muito conhecidas. Até da tal onde a minha avó mandava fazer as coisas. Chamava-se Diadema e ficava na Baixa. Lembro-me de lá ir com a minha avó e ser gigante, quase uma Cartier. É triste ver esses sítios fecharem. Acabei por lhes comprar algumas ferramentas, mas havia máquinas que seria impossível de comprar por serem enormes e pesadas. Muitas vezes peço máquinas emprestadas que, no fundo, é ir aos sítios que as têm e trabalhar a partir de lá, como acontece com a máquina de puxar fio. Há ferramentas específicas que nos ajudam a fazer as coisas mais depressa, por exemplo, mas eu faço-as à mesma, só que mais lentamente. Há muitas coisas que gostava de ter e não tenho mas depois o nosso trabalho também se adapta um bocadinho àquilo que temos, pelo menos é o que sinto.
Consegues definir o teu público?
Cada vez que vem cá alguém novo pergunto sempre como é que chegaram até mim e, a maioria, diz que faz uma pesquisa no google e vai dar a algumas entrevistas, sobretudo uma da Time Out. Achava que as entrevistas poderiam não ter grande impacto mas têm mesmo. Depois as pessoas também vão perguntando umas às outras onde é que mandaram fazer o anel de noivado, por exemplo. Gostam do meu trabalho e recomendam. Ultimamente até me têm chegado muitas pessoas a pedirem anéis de noivado. Só este mês tive cinco pedidos o que, para mim, é imenso.
As pessoas contactam-te e vão directamente à loja?
Sim, geralmente vêm cá. Chegam ou com uma ideia pré-definida ou, então, não têm mesmo qualquer ideia e faço-lhes algumas perguntas para ter algumas linhas orientadoras. Pergunto, por exemplo, há quanto tempo namoram, qual a cor preferida... Se namoram há cinco anos posso fazer um anel com cinco pedras, por exemplo. A maioria vem com a mesma ideia: ou um solitário (um anel com um diamante) ou memórias (uma aliança larga que pode ter de uma até cinco filas de diamantes). Mas eu tento dar-lhes a volta! [ri] Faço dois ou três esboços, dou um orçamento e a pessoa decide se avança ou não.