Feira Feita               Histórias               Feito em Lisboa
Começaste a fazer peças para restauração e chefes profissionais. Como é que isso aconteceu?

Quando criaram a Fábrica Moderna, em Marvila, convidaram-me a ir para lá e um dos criadores conhecia o Paulo Amado, director da Inter Magazine, que conhece toda a gente da gastronomia. Foi ele que me levou para esse mundo. Dentro da coleção dos Cochos fiz uma coleção com um amigo cozinheiro de Grândola. Depois trabalhei com o chefe Rodrigo Castelo, através do Paulo Amado, que ia participar num concurso de cozinha e, como é de Santarém, quis fazer uma ementa com peixe de rio. Fomos um dia todos explorar para o rio e tive uma semana para criar as peças. Foi muito experimental. Acabei por fazer mais peças para ele.

Também colaboraste com o chefe Pedro Pena Bastos…

O Rodrigo falou-lhe de mim e como o Pedro estava a iniciar o Ceia, fiz uma coleção para ele.

Continuas a fazer peças para chefes?

Durante dois anos trabalhei intensamente com chefes. Quando chegou a quarentena, percebi que tinha poucas peças para o público em geral, tinha mais coisas para gastronomia. Acabei por criar uma colecção direcionada para o público em geral, a Home. Nestes últimos dois anos estive mais focada nessa parte do contacto com o cliente final. Sinto que este ano os chefes estão a acordar todos. Este mês tive quatro projectos de chefes de cozinha a entrar ao mesmo tempo. Já tinha saudades dos briefings.